17 janeiro 2005

DÁ GOSTO
Dá gosto ver programas como o do Francisco José Viegas, na 2. De facto, o "Livro Aberto" é um programa exemplar: leve, educativo, despretensioso, enleante. Mesmo a uma hora tardia, como é timbre das TVs em geral (e não o deveria ser na 2!) o formato é de tal forma interessante que prende quem o vê e se delicia com as propostas apresentadas. O Mário Cláudio deu o mote para mais um programa necessário nesta altura do campeonato, onde se acumulam asneiras sobre disparates, lugares-comuns sobre atentados à inteligência por parte das personagens televisivas que diariamente nos são impostas. O autor de "O Triunfo do Amor Português" é um personagem contracorrente, nitidamente na área do politicamente incorrecto; "é fácil escrever um livro de que todos gostem, mas eu não quero fazer assim…", diz ele a certo passo. No panorama cada vez mais pobre das TVs, o programa do FJV é uma autêntica pedrada no charco. Dá gosto!

DÁ GANAS
De se atirar ao fulano, seja de que maneira for! O diligente presidente da Câmara de Braga, um dos chamados "dinossauros", donos do poder local (e não só, ao que parece…) tem num só dia 2 intervenções ao seu verdadeiro estilo de "homem da cultura".
A primeira tem a ver com a possível apropriação para preservação histórica da cidade de uma antiga barbearia; após confrontado com a intenção, o homem tem esta resposta: "não interessa, pois só há barbearias enquanto houver barbeiros…". Na realidade é verdade, assim como também é verdade que só há estupidez enquanto houver estúpidos e que só há cretinice enquanto houver cretinos…
A segunda também é interessante. Braga vai ter segundo a informação do próprio, uma Casa da Música. Para quem conhece a apetência cultural do homem, a coisa parece esquisita. Mas não é. O facto é que a dita vai ser alojada nas "catacumbas" do estádio 1º de Maio, nos antigos balneários, vai ser um espaço insonorizado e destinado apenas às chamadas "bandas de garagem". O sujeito diz que é um óptimo espaço e uma excelente oportunidade de mandar para lá aqueles que incomodam usualmente os vizinhos com "o barulho que produzem"; assim poderão, citando novamente o personagem, "fazer o barulho que quiserem, sem incomodar ninguém".
Esta é a imagem da "cultura de betão", cultivada por este e infelizmente para nós todos, por outros tristes que abundam por aí (cada vez mais…)

DÁ VONTADE DE RIR
O episódio do mergulho. Que pelos vistos é topo de gama em São Tomé, mas mesmo que fosse noutro lado iria traduzir-se em mergulho interno, com direito a mais uns dislates desta comandita do governo da Republica. De facto é difícil mergulhar mais fundo na asneira, mas vendo bem a qualidade dos intérpretes, não é caso para grande admiração. Que já não há pachorra para tanta pouca-vergonha, digo eu e não sou o único de certeza. Com tanta lata como o fez quando acabou com o "Acontece", só se espera que o homem do "meggulho" tenha ido para lá oferecer viagens à volta do mundo, já agora com um programa completo incluído em cada porto, mesmo que não tenha água; é que o que interessa é só mesmo a intenção; é se de facto forem todos como ele, até era interessante que dessem com a cabeça num sítio mais duro, para ver se saída de lá alguma coisa com substância…


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