16 fevereiro 2005



UMA VOZ SEM VOZ…

O motivo mais marcante da noite do debate foi de facto a incapacidade do Jerónimo de Sousa; a voz não o deixou fazer mais. "Perdi a voz, mas não perdi a esperança", disse e a frase ficou para quem quis ouvir. Mas o dia de ontem ficou marcado também pela entrevista que o líder do Partido Comunista deu à Rádio Renascença e ao Publico; Jerónimo diz "não tenho verdades absolutas, não sei tudo, sou o que sou…". Regista-se então a atitude de um homem que admite não ter as mesmas armas que os adversários políticos e que sabe sobretudo não gozar de grandes favores na comunicação social. Pois bem, no dia de ontem, Jerónimo marcou pontos numa campanha dominada pelas tricas do costume por parte da direita que, com o dia 20 quase aí, se vê na contingência de ter mesmo de deixar o poder; ainda bem!


Os comentadores políticos, na sua maioria, não reconhecem o verdadeiro teor do discurso de Paulo Portas; dizem sistematicamente o mesmo, em ocasiões diferentes, que é inteligente, que está bem preparado, que se demarca muito bem do governo de Santana Lopes, etc… O que não dizem e deviam dizer, porque o sabem tão bem como eu, é que o indivíduo é o caso mais evidente da demagogia de que há memória. A resposta de Sócrates, foi aliás redundante, ao demonstrar a hipocrisia politica de PP acerca da sua "defesa" da classe média. E mais: que é co-responsável neste governo (e no anterior) pelo desaire monumental das politicas da direita.


A cena da fusão dos balcões de um grupo de bancos, apresentada por Louça, foi o grande golpe em Santana Lopes e a demonstração mais clara de que a bandeira do ataque do governo aos privilégios do sector, não passa de fumaça… Significativa foi ainda a intervenção de Sócrates, logo a seguir, dizendo que não se satisfazia com as explicações dadas pelo 1º ministro demissionário…

E a taxa de desemprego já ultrapassou os 7%

Faltam 4 dias para dia 20 de Fevereiro

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