12 junho 2005







ADEUS COMPANHEIRO...

A morte saiu-te àrua num dia de Junho. Abril tem 30 anos e sempre o soubeste recordar nas tuas intervenções... Curiosamente, a revolução passou-te compulsivamente áreserva, depois do triste Novembro, ao qual se associaram todos os democratas de hoje, e todos os salazaristas do passado. Força, força, ... se cantava, na altura em que tudo era possível. Soubeste resistir ao conformismo, foste um político do povo, sem fato e sem gravata. Falavas para os trabalhadores, irritaste os senhores do dinheiro. Soubeste merecer o respeito de muitos dos políticos de vários quadrantes, apesar de muitos deles te terem minado o terreno, á boa maneira da burguesia comprometida. Lutaste pela Reforma Agrária, pelos direitos dos camponeses; no entanto, agora 30 anos depois, vemos o Alentejo transformado num deserto gigantesco, ao sabor das políticas da massificação. Disseste até ao fim que acreditavas na Revolução, mas sempre com uma preocupação latente.

Foste um combatente e um patriota. Adeus companheiro Vasco!

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