18 outubro 2006

MESTRE GIL... 

Em dias de tempestade, agravada pelo vento agreste do Norte (ou será que é do Sul???) a ministra vem de novo á liça dizer que a greve não faz sentido por estar ainda a decorrer o processo negocial .... O JN de hoje informa que a Paralisação de professores fecha a maioria das escolas do país. Como diz o povo em tempo de guerra não se limpam armas, não háforma de entendimento possível nem resposta garantida a quem arriscou demasiado numa luta que já cansa à vista (pelo menos) dos mais avisados...

A verdadeira luta, essa deveria ser por uma qualidade de ensino que prestigiasse o Pais, pela dignificação da formação dos portugueses; estamos ainda na cauda da Europa, não se esqueçam, que diabo. Que adianta termos mais catedrais de consumo, mais betão por todo o lado se não temos vencida a batalha (não será a antes a guerra???) da educação e da formação? E aqui convém não confundir as responsabilidades: é ao governo da Republica que compete cuidar da inversão das estatísticas...

Quando me convidam a pronunciar se estou a favor da ministra ou dos Sindicatos, eu sinceramente não entendo e não aceito tal dicotomia. Alguém se lembraria por exemplo de perguntar se sou a favor ou contra os maquinistas da CP, ou dos controladores de voo da TAP, ou dos trabalhadores da limpeza da câmara de não sei quantos??? É na realidade uma falsa questão, em que no entanto alguns insistem em martelar a opinião pública; temos sim, na qualidade de cidadãos deste Pais de exigir que o Governo actue onde deve actuar com propostas concretas e medidas eficientes. Alguém de boa fépode entender que se queira, por exemplo, colocar os pais a avaliar os professores??? É pois sobre alarvidades como esta que eu me posso pronunciar e não sobre questões técnicas de natureza laboral, essas sim da alçada dos sindicatos e dos profissionais do ensino. Nada de confusões, que ...
O esperto só acredita em metade, o génio sabe em que metade deve acreditar.
O povo costuma ainda dizer O pior cego é aquele que se recusa a ter cão, forma politicamente (in)correcta de dizer que ... é o não quer ver. Queiramos então ver as cosas com olhos de ver. Já algures insisti na tese de que nada se faz contra os professores; à vontade o digo, porque professor não sou; entendo que, apesar de algumas aberrações típicas, a sociedadedeveria cuidar melhor dos mestres que educam os seus filhos.

Quem semeia ventos colhe tempestades, não duvide senhora ministra! E para que saiba, não ajuda nada a asserção popular Antes quero asno que me leve que cavalo que me derrube, tentativa vã de escolha fácil de caminhos duvidosos. Mas afinal, saberá (qual Inês Pereira...) que da malícia feita ao desconhecimento vai realmente um caminho estreito?

A sabedoria de mestre Gil lhe ditará às tantas o resultado final...

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