20 abril 2008


GNR + GNR

Felizmente que a noite sai

ainda bem que há névoa por ai

estou contente se a luz se esvai

e uma sombra invade este lugar

Morte ao Sol (1989)


Oficina da Ilusão é nome de promotor. De espectáculos. De um grande espectáculo. Efectivamente, como não sei moralizar, perco a vista na grande banda sinfónica do Jacinto Montezo e o Rui desliza, sempre disfarçando a sua tremenda falta de voz, mas com aquela presença cintilante, “…olha pró que eu faço, mais vale nunca, nunca aprender, mais vale nada, nunca mais querer, mais vale nunca mais crescer…” e as paredes do Pavilhão Atlântico parecem reflectir toda a potência do som no Balcão 2 (não arranjamos melhor…). Lembro agora que há um “hemisfério fraco outro forte…” com ou sem Pronúncia do Norte, mas com a certeza de que “...as teias que vidram nas janelas, esperam um barco parecido com elas”, imagem que fica no ouvido, enquanto roemos maças e sonhamos com Dunas “…alheios a tudo, olhos penetrantes, pensamentos lavados”. A música entra na noite fria e chuvosa, salta do estrado, há sempre uma ilusão que escapa ao promotor, ainda estás aí Anna Lee (?) não sei se diga, mas “…há em mim um profano desejo a crescer”. Às tantas “…mais vale nunca mais crescer…”

Alf

This page is powered by Blogger. Isn't yours?