03 agosto 2008


CRÓNICAS ANGOLA 1: No princípio era…

As primeiras impressões, depois de uma atribulada viagem, com perda de uma mala à mistura, com as indefinições de quem viaja com muitas incertezas. Uma viagem de trabalho, com alguma nostalgia na bagagem, contudo na certeza de encontrar velhos amigos de há muitos anos, essa sim. O 4 de Fevereiro está na mesma, as mesmas filas, a mesma confusão nas entradas, mais simpatia talvez. Não sabemos bem para onde vamos, não temos alojamento garantido em Luanda, mas há sempre a “casa da família” em Viana, para lá chegar são sempre as 3 ou 4 horas, para fazer os 18 km da praxe. Muito cansaço, muito pó, a brisa suave do cacimbo, não mais que uns 22 graus, frio portanto, para quem gosta de sentir o bafo quente de África. É bom ver Luanda de novo, mais carros, muitos mesmo, aquela confusão toda, um caos que não dá para descrever, uma alegria enfim. Nenhum stress, esse ficou todo na Europa, aqui tudo funciona de outra forma, nem melhor, nem pior, apenas diferente; quem não acredita, só tem que ficar por cá uns tempos e depois habitua-se. Uma 6ª feira de arrasar, “apenas” para adquirir um cartão Unitel, mais um pacote de Internet móvel, tudo muito complicado, mas sempre com muita simpatia. Boas refeições, a preço digamos aceitável para estas bandas, em Viana come-se bem, com muito jindungo e boa cerveja (portuguesa). Um Sábado de relaxe completo, que bem sabe o direito à preguiça! No Domingo privamos com o grande amigo Guido Campos e sua família que é tão boa, tão fraterna, recordam-se outros temos, os amigos comuns, são 12 anos de distância, um almoço excelente em Viana, um passeio ao Bom-Jesus, nas margens do Kuanza, momentos inesquecíveis de grande prazer, porque nada há melhor que estar com os amigos. Planeia-se já toda uma semana que se avizinha com muito trabalho, alguns encontros decisivos, sempre com a esperança de resolver as questões que cá nos trouxeram, sem certezas nenhumas, apenas a de que amanhã é mais um dia, vai ser 2ª feira certamente, é um principio de alguma coisa e basta.

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