25 setembro 2008

Fracturas…

“…Now I won't judge you and you don't judge me
We're all the way nature meant us to be
Just human beings -- born to be free…”

"I Was Born This Way" (Bunny Jones/Chris Spierer)
Podia ser mais um combate, porque é sempre preciso combater a indiferença para fazer notar a diferença. Elas e eles que merecem todo o respeito para que as diferenças não sejam transformadas (como normalmente o são…) em desigualdades. Na rua há um mural que dita “Não faças do pensamento um bloco duro de cimento”, frase porventura banal, dá pelo menos para pensar, não custa nada, faz bem à mente e talvez possa libertar algumas (mentes) de preconceitos e pré-conceitos. Discute-se agora na AR o Projecto que visa para acabar com a discriminação de casais de pessoas do mesmo sexo no acesso ao casamento, vale tudo como em outras ocasiões e descobre-se sempre alguma coisa nova; repetem-se os argumentos do costume, eu por acaso lido mal com o termo “conservador”, vejo-o só mesmo à frente (ou atrás…) de um qualquer museu, arrumado sempre direitinho, enfim. Não fica bem também aquele outro (argumento) de que há coisas mais importantes neste momento, pois há, há sempre qualquer coisa mais importante, dá para tudo, de pouco imaginativo; depois há o outro (argumento ainda), brandido neste caso pelo PM, de que “tal não consta do programa do partido e que não vamos a reboque das propostas dos outros”, imagem de arrogância que pode ser lida (pode de facto…) as minhas propostas é que contam, as dos outros estão sempre (que azar, o deles) fora da agenda oficial, mas há algo que não é nada oficial e que se chama CIDADANIA, uma daquelas palavras “… que se recusam / mas de repente coloridas / entre palavras sem cor…” e assim o apelo pode fazer colorir o cinzentismo, abrindo janelas, é sempre bom estarem abertas, não há mal nenhum em deixar entrar o ar fresco que faz bem (dizem…) às consciências. Haverá sempre lutas assim, vale a pena trazer mais gente a estas “pequenas”, a que chamam “fracturantes”, não sei se bem ou mal, o que conta é derrubar os muros do silêncio, porque “…os outros se calam, mas tu não”!

Palavras citadas:
o José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa
o Alexandre O´Neil
o Sophia de Mello Breyner Andresen


24 de Setembro de 2008
Alf

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