12 dezembro 2008

O Rio continua…
“Sou um evadido.
Logo que nasci
Fecharam-me em mim,
Ah, mas eu fugi…”

“Evadido”, Fernando Pessoa

A partir de agora, ou mais propriamente a partir de 28 de Novembro, o RIO TORTO continua, cada vez mais torto, mas de uma forma muito especial. Alguém se lembrou de editar as crónicas que, desde finais de 2003, venho editando no blogue. Foi uma prenda de anos muito especial, muito querida, da Bela, minha companheira de sempre, com muito amor e carinho, uma edição em exemplar único, que fica no coração, da parte de quem me vem apoiando, aturando, acarinhando desde há muitos anos a esta parte. Um gesto inesquecível, não há palavras que possam testemunhar esta gratidão que procuro descrever. Convém lembrar as ajudas preciosas do Bruno, do Pedro e da Belinha a esta empresa. Vai este rio caminhando ao sabor das minhas loucuras, de pensamentos e sonhos, sem oprimir as margens e dando margem à imaginação, que não procurando poder, tenta subverter os poderes vulgares (os pequenos poderes?). É que não sei mesmo porque certas coisas devem ser escritas, fixadas quiçá em momentos significativos, sombras que se desvendam e outras que ficam para sempre numa qualquer sombra. Para o futuro, o rio não corre mesmo para o mar (porque tem que ser?), vai simplesmente correndo, devagar ou mais depressa, consoante os ritmos que lhe quisermos transmitir.
Fica a promessa de alguns afluentes se juntarem qualquer dia a este Rio…

28 de Setembro de 2008

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