22 junho 2009



O Comboio 621…



Passam-se as horas,o relógio na parede,

conta sem parar,os minutos e segundos,

que se passaram,e não mais irão voltar…”
“As horas”, Poema estúpido, Anónimo do século XXI



Às tantas ninguém deu por nada à excepção de umas quantas centenas de intrépidos passageiros que por volta das 5 e meia da tarde se meteram numa aventura sem pensarem que tal poderia acontecer o que é facto é que o 621 das linhas regulares vulgarmente chamadas de intercidades de Lisboa para o Porto vencendo todos os desafios da designada “alta velocidade” cruzou as linhas e gastou umas singelas 9 horas mais 1 quarto para chegar ao destino desafiando assim qualquer recorde de um autêntico “voo” intercontinental que se cuidem pois os grandes Airbus e congéneres dado que a nossa CP ciosa da sua qualidade ímpar nos brindou com a mais longa viagem de que há memória desde a ultima Vá lá saber-se a razão ele há sempre uma (ou 2, pelo menos) para tão grande caminhada que faz lembrar os gloriosos tempos do far-west de que eu muito sinceramente também não me lembro o estranho da coisa é que parece ter avariado a máquina que puxava nada mais nada menos que 14 carruagens cuja começou ao que parece por não se dar bem com os ares mais que sagrados de Fátima e daí para a frente foi um incontável número de paragens sucessivas das quais a informação só era dada aos passageiros (quando era) meia-hora depois mas foi bonito de ver a solidariedade entre os ditos formando pequenos grupos de conversa real embora o que esteja na moda seja a dita mas virtual Não interessa para nada claro o desespero evidente de uns quantos insatisfeitos que sempre vêm na CP um inimigo a abater embora difícil porque é muito “pesado” nem tão pouco uns e umas que se iam queixando de não chegar a horas (imagine-se!) para tomar um qualquer medicamente ou para aquele jantar de 6ª feira e uma mais que provável sessão de copos o certo é que pouparam dinheiro e agora vão ser todos reembolsados de acordo com a lei ele há pessoas terríveis que não alcançam os benefícios da calma como no Alentejo ou na África profunda pois 9 horas mais um quarto (de hora) com tantos pedidos de desculpa para chegar à Invicta assim chamada por albergar cidadãs e cidadãos que gramam o Pinto da Costa e outros que tais Bem é caso que pelos vistos não deu notícia muito embora tenha havido quem alvitrasse a entrada intempestiva da Manuela Moura Guedes no comboio para um directo de sucesso na sua TVI que nada eu nem vi nenhum jornal a noticiar a patética cena de uma companhia zelosa dos interesses dos seus clientes com a nossa CP que até poderia significar “caminhos perdidos” estão a ver perdeu o Norte e não conseguia chegar ao Porto até que tem alguma lógica tanta vai perdendo o dito todos os dias com tanta chatice que por aí anda tanta merda escondida com o rabo de fora (às vezes nem rabo se vê) então uma máquina não pode avariar pois sim que pode ainda há quem queira e sugira um qualquer transporte alternativo isso é que era bom gasta-se muito dinheiro tem é que se poupar para a Crise o tempo é sempre relativo só não vê quem está sempre de pé atrás e só sabe dizer mal dos outros Eu até gostei à excepção de a dada altura ter ido ao Bar para comer qualquer coisa e só havia pistáchios e pilhas que nem eram alcalinas nem nada mas enfim as coisas são como são e não é justo que à chegada à mítica estação de Campanhã alguns funcionários da querida CP fossem brindados com epítetos menos próprios que me escuso por decência a proferir mas que posso adiantar que iam do típico “filhos da puta” até ao autêntico “caralho de incompetentes”ora essa não está bem digo eu porque no fundo se tratava “apenas” de um “pequeno”atraso E que dizer daquelas e daqueles (muitos mesmo) que em Coimbra (ou em Pombal, já nem me lembro) abandonaram o “seu querido 621” para se meterem num outro que seguia na mesma direcção para viajarem de pé ou acantonados pelos corredores bolas para a segurança ainda por cima esse mesmo trem abalroou um (ou uma não sei bem) incauto que estava no meio da linha enfim mais um acidente lamentável a perda de uma vida mas menos 1 para as estatísticas do desemprego Meu querido 621 jamais te esquecerei para mim a CP continua a ser a CP mesmo que tal signifique por exemplo “cambada de parvos” ou “corja de parvalhões” ou até “cretinos de Portugal” muito embora esta ultima não seja nada de original Bem hajam será vosso o reino sagrado da incompetência ireis direitinhos para o caixote do lixo sem direito a reciclagem isto tudo a bem da nação (cruzes credo).

21 Junho 2009
Alf.


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