04 julho 2010

Ao meu Amigo ZeTó
























Uma cidade de azul pintada
, aqui e além “um céu de palavras paradas”, esperando sorrisos, mãos que se apertam, outras que se desencontram, um misto de cheiros, cores e poemas. E quadros que alguém sempre vai pintando, avisando a nossa memória colectiva, baralhando sons que se misturam, que nos alertam para a vida que vale a pena. O artista, “Cavaleiro”de “Montanhas”, sempre “O Pensador” da cidade das “praças de palavras abertas”, atento a todos os desvios, “à procura da sombra de uma luz que não há” . Porque se desprende dos ambientes do fausto, volta às origens “...já o meu pai pintava”, conhece novas realidades que transmite á sua obra, um “Encontro” com as suaves presenças de uma Angola recente que marca as pessoas, porque as pessoas marcam mesmo quando são distantes, a distância que importa? Ao "Ego declara Morte", alguma coisa tem que se apagar, renascendo porém a cada momento na dialéctica permanente da cidade, passa as palavras para a tela, reinventa poemas em aguarela e acrílico, “… não há céu de palavras que a cidade não cubra”.

A cidade Vive, pensa e luta, espera palavras novas em tempos difíceis, os “Nascentes” , as novas esperanças de “Campos de Flores”, de brilhos intensos, de sensações profundas, de cumplicidades óbvias. Sempre buscando o “Encontro”?

Colaboração:
• palavras do Zeca Afonso
• palavras e títulos das obras do ZéTó Passos, em Exposição no Museu Bernardino Machado, V. N. de Famalicão



This page is powered by Blogger. Isn't yours?