18 abril 2011

NOBRE?



“… Chegam depois boas maneiras

Com anéis e pulseiras,

de sapatos de salto

São as bichas matreiras,

que só dizem asneiras

São rapazes pescados no alto E o que resta

É pó de talco…”


Café”, José Carlos Ary dos Santos, 1973



Da nobreza da atitude, pouco sobra para o que quer ser tribuno, mas o maior de entre eles. De tal forma, que não deixa espaço de manobra aos demais: se não o elegerem como chefe máximo, os abandona, porque o seu anseio não é sentar-se com eles. Enfim, um nobre. Não de atitude, mas sim daquela nobreza bafienta, de uma monarquia obsoleta, porque quem sempre demonstrou simpatia. Mistura tudo e todos, numa amálgama esquizóide, com uma linguagem que não difere muito de um Berlusconi, ou dos “modernos” populistas trauliteiros no norte da Europa. Salvaguardadas s as devidas diferenças, que muitas serão, na forma de ver um mundo em mudança, mais valera que continuasse a fazer o que bem fazia, em vez de se tornar naquilo que se vê: um palhaço (sem ofensa para os que o são, na arte) que come da mão de quem lhe acena, mais um aninhado à vergonha da mesquinha e oportunista política, mais um cinzento (pintado agora de laranja…) a acrescentar à longa lista de incompetentes.

Só para lançar a confusão? Manobra publicitária negativa? Contra-informação? Ou o homem está mesmo convencido daquilo, a mais abstrusa retórica, levado ao extremo do risível. O Poeta tem razão: afinal, o que resta, é mesmo…. pó de talco!

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