01 maio 2011



Eu vi este povo a lutar
Para a sua exploração acabar
Sete rios de multidão
Que levavam História na mão

Sobre as águas calmas
Um vulcão de fogo
Toda a terra treme
Nas vozes deste povo
….
Só a nosso mando
É que há liberdade
Vamos lá lutando
P’ra mudar a sociedade
…”

Eu Vi Este Povo A Lutar (Confederação)”, José Mário Branco









Eu também vi. Não sei bem quando, onde, mas sim porquê. Nunca há resposta, porque é sempre cedo para duvidar e tarde para desistir. Mas é Maio, a seguir aos 37 anos de Abril, todos os dias há notícias sobre a privação da liberdade de um País vergado ao jugo da finança internacional, intoleravelmente submetido à vontade dos mercados, ditos inquietos e ansiosos e dessas e desses que são donos da riqueza e do País que nós libertamos. Mas… a terra treme mesmo, nas vozes deste povo. Não é chegada a hora de decretar a insubmissão? Porque a indignação já não basta, para o que nos vai na alma, o espaço é curto demais: entre a resistência antiga e a luta que desponta. Maio, assim maduro, quando o Poeta chamou as flores. Depois vieram os traidores e é o que se vê: aperto, austeridade, conciliação de interesses, e outras pinturas de uma estória recente, mal contada, mal-parida e mal-cheirosa. Somos sete rios de uma multidão, que vai acordando, ao som da proclamação da revolta.



Já chega de resignação!






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