02 maio 2011

Morto, disse ele….








"Lamento, mas não fui eu que inventei o mundo nem a morte..."




do Livro dos Conselhos


O maior e melhor golpe publicitário da administração Obama! A liquidação do mal personificada, num golpe de teatro bem arquitectado, pelos vistos há largos meses atrás. Morte é espectáculo e, por isso mesmo, a notícia da morte de Bin Laden, familiar (ao que sei) de George W. Bush, treinado e armado pelos EUA, na luta contra o perigo soviético, é a melhor forma de promoção possível, para a quebra de popularidade do presidente americano. O rosto de todo o mal que existe na terra, figura exemplar da moral americana e seguida por grande parte do mundo ocidental, Israel e, naturalmente todos os aliados empresariais das indústrias da guerra, na posse dos EUA. Imagina-se (a acreditar nas notícias) o telefonema de Obama a Bush, a comunicar, Finalmente matamos o homem, com pretendias, lembras-te, “vivo ou morto!”.
Sem estar em causa a morte de um fanático, convém não esquecer os outros, como ele, produtos de uma sociedade transviada de valores democráticos e de solidariedade. Quem se lembra do outro 11 de Setembro, Santiago do Chile 1973, do assalto a La Moneda, do assassínio de Salvador Allende, perpetrado pela CIA, ou seja, pelos EUA?

O mundo não fica assim mais seguro após esta morte, aliás nenhuma morte faz mais seguro o que quer que seja. Para seguir a lógica da administração americana, que se havia de fazer a criminosos como Bush, Donald Rumsfeld ou Dick Cheney? E a todas aquelas e aqueles que defenderam a teoria do "eixo do mal"?
O que assistimos é de facto, os americanos espalharem durante décadas, a miséria e a guerra pelo mundo inteiro, a troco de aparentemente nada á vista, que não sejam, a fúria armamentista, a fome do lucro e da exploração, mescla do sonho americano, agora como sempre….

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