07 outubro 2012


A Palavra Insubmissão

“… c'est elle que l'on matraque
que l'on poursuit que l'on traque
c'est elle qui se souleve,
qui souffre et se met en greve
c'est elle qu'on emprisonne
qu'on trahit qu'on abandonne
qui nous donne envie de vivre
qui donne envie de la suivre
jusqu'au bout, jusqu'au bout,..."

“Sans la Nommer”,  George Moustaki, 1968


 
 
 
Das palavras que se disseram fica a leitura do estado da arte de uma República insubmissa. Deste 5 de Outubro fica a enorme massa humana que, na Universidade trabalhou em dia feriado para uma alternativa. Porque ela existe e coexiste com a vontade de mudança, por um País melhor e solidário. Pelas Alternativas se debateu, se propôs, se traduziu em concreto o que parece andar (e anda de facto) arredio de uma comunicação social que vai a reboque de interesses conhecidos… Até poderíamos perdoar a incompetência do pior Governo do Mundo, não perdoamos porém o insulto vil e soez de quem se pretende falar em nome de um Povo. A dignidade cidadã acima de tudo, a Republica dignificada e viva. E não de pernas para o ar, como simbolicamente esteve no Pátio da Galé, bem longe das multidões que assustam estes personagens menores e de quem já nada se espera. Porque embora estando lá, já lá não estão há algum tempo, a contradição não existe, porque a distância entre representantes e representados é tão grande que não permite dúvidas. Urge voltar a colocar a República no lugar que lhe assiste, não confinada a um pequeno pátio, mas à rua que é do Povo.
Alguma lembrança de insubmissão para passar a Palavra, sem a nomear (…), um esforço de uma síntese impossível. Apenas o registo, sem qualquer saudosismo, apenas a certeza de que sem luta nada se consegue. E ela é tão necessária, mesmo tão necessária…  

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