14 outubro 2012
Apenas mais um homem do regime…
É uma pena ver Jorge Sampaio (JS),
entrevista SIC (http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=2827672) cometer erros sucessivos numa análise
pouco cuidada, mal preparada, os simplesmente comum. É confrangedora a
vulgaridade de JS, ao defender “… a capacidade das principais forças
partidárias em criarem uma plataforma de entendimento e de concertação para a
próxima década”. Quem são, para JS, as “principais forças partidárias”? As do
governo actual, mais o PS. O “resto” não conta, nem uma referência sequer.
Pensará JS que está a contribuir para alguma solução, com esta “inovadora”
solução, estará porventura a perfilar-se…? As "plataformas de entendimento e concertação" que o centrão político
defende e de que JS é um lídimo representante, são responsáveis pelo pântano que
dura há mais de 30 anos e que conduziu o País à situação actual. Veja-se, a título
de exemplo, o pacto para a justiça entre PS e PSD: o descalabro completo do sistema
judiciário e a descrença total dos operadores judiciários.
Que pena ver JS embrenhado na teia
asquerosa do pacto mais colaboracionista com a direita. Nem o facto de vir a
terreiro dizer, como se fosse uma grande novidade, que é preciso “… um plano
para reduzir as desigualdades sociais e a pobreza”, o salva. JS encaixa agora nas
elites situacionistas e conservadoras, dizendo até que “… a crucial importância
política de 2011 não advém, assim, tanto de actos eleitorais que tenham ou
possam ter lugar”, remetendo as respostas ou soluções ou lá o que seja (…) para
o tal “entendimento”.
Na verdade, não parece ser este o
entendimento da grande maioria, que: (a) não quer este governo, (b) não
acredita nesta maioria, (c) não quer o PS, pelo menos um PS colaboracionista,
abortivamente liderado por interesses iguais aos da direita. Quer, ou parece configurar-se
querer, novas soluções para os antigos e os novos problemas.
Sempre very british, JS diz que o País “está em apuros”. JS está na fase
de “apuramento”, junto e ao vivo com os “comentadores oficiais” do regime. Até já
aplaude o Cavaco! Confrangedora vulgaridade, que pena!