04 fevereiro 2013
O Sal da Terra Cabo-Verde
Uma
ilha que marca o Atlântico. Chego bem cedo ao Aeroporto Internacional Amílcar
Cabral, a tempo de tomar o pequeno-almoço em Espargos. Passo, após uma pequena
paragem, ao transporte para Santa Maria, viagem rápida no transporte colectivo,
nada de táxi, falámos com as pessoas, sempre simpáticas e acolhedoras. Fica o
registo para o condutor, que insiste em me deixar a porta do Hotel. Tranquilo,
no stress, o lema que parece ser da ilha, está escrito por todo o lado, as
pessoas terminam uma frase desta forma, fantástico.
Uma
volta de reconhecimento pela cidade, depressa se torna um encanto a vista, as
cores da água, as cores do peixe, as cores das pessoas, os pescadores, os
mirones. A praia, um descanso, o sol, a água, o som da música sempre. A noite,
o jantar num tasco, os bares, agora a música mais forte, o grogue, enfim agora
o outro descanso de um dia cheio. Havia ainda de contar o jogo com o Gana, uma
pena, os Tubarões mereciam muito mais, o árbitro a roubar do princípio ao fim,
e no final, a festa, sim a festa, pois aqui há sempre festa, porque merece ver
a forma como as gentes se manifestam, com aquelas danças que mexem connosco,
uma autêntica maravilha.
Uma
Terra de sal, um sal da Terra, que entra pela gente. Aqui fuma-se muito, E a gente vai fumando que, também, sem um
cigarro / Ninguém segura esse rojão… (a). Enfim, há que ir temperando as
angústias, a paixão pela Vida. Esta é a
verdade: a vida começa quando a gente compreende que ela não dura muito… (b)
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(a) Extracto de “Meu
Caro Amigo”, Chico Buarque / Francis Hime
(b) Pensamento de Millôr Fernandes, escritor,
cartoonista e humorista brasileiro (1924/2012)
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