04 fevereiro 2013

Praia, cidade irmã

 
 
 
 
 
 


Lua, vagabunda de espaço. Imagem das ilhas plantadas no Atlântico, de sol quente e acolhedor. Praia, nome de cidade que acolhe como ninguém, os amigos que nos recebem, os irmãos, os novos que fazemos e com quem partilhamos conhecimento, angústias, alguns sonhos.
Andamos ruas e avenidas, o sol, as noites, o Fogo d´Africa, os sons das mornas e coladeras, um encantamento contínuo que só Cabo Verde é capaz de transmitir. Mas, tudo tem si prezu (a), os filhos de África sofrem e pagam também a ganâncias dos donos de um mundo desumanizado. Domingo, 27 Janeiro, a cidade exulta com a vitória sofrida dos Tubarões Azuis sobre os Palankas Negras, todo mundo na rua, canta-se, dança-se, grita-se, e claro, bebe-se e come-se, por esta ordem. Sim, porque do mundo nada se leva, mas é formidável ter uma porção de coisas a que dizer adeus (b).

Meu caro amigo eu quis até telefonar / Mas a tarifa não tem graça (c), só não estou aflito p´ra fazer você ficar / A par de tudo que se passa (c), vai no Facebook, que é de borla, está lá tudo, ou quase…
Aqui percorremos alguns trilhos de solidariedade, a sociedade civil está bem consciente do seu papel e mobiliza-se pelas mesmas causas e mais por aquelas que emanam de um país (ainda) em desenvolvimento. Apesar de todas as dificuldades, a confiança reside nas pessoas e exprime-se na divisa: Nu cré! (d). 

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(a)       Em português: tudo tem o seu preço

(b)      Pensamento de Millôr Fernandes, escritor, cartoonista e humorista brasileiro (1924/2012)

(c)       Extractos de “Meu Caro Amigo”, Chico Buarque / Francis Hime

(d)      Em português: nós acreditamos!

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