10 julho 2013


O IMPROVÁVEL PROTAGONISMO DO PENSIONISTA SITUACIONISTA

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Multiplicam-se as opiniões dos comentadores da treta, preparando o mais que provável anúncio do aval a este novo governo. Será assim, a mais que provável colagem do pensionista aos novos/velhos situacionistas que nenhuma solução apresentam ao País, a não ser a famigerada austeridade a todo custo e o empobrecimento completo, que já se sabe não vai resolver nenhum dos problemas, nem sequer pagar divida alguma. Um ditame internacional, orquestrado sempre pelos mesmos protagonistas, sem a mais pequena dissimulação. Anuncia-se que o governo alemão aprova o novo governo em Portugal. Como é isto possível, perguntarão os mais ingénuos, chegou-se a um ponto em que o bom senso é uma palavra vã e a intromissão cheira a invasão pura e simples.
Mais umas horas e o pensionista de Belém vai ter a sua dose de protagonismo. Seja qual for o lado para se vire, estará a mercê de todos os alvos. Não é que me impressione, a figura em si sempre me causou uma certa repulsa. Penso até que a grande maioria dos “cidadões” já há muito lhe passou a certidão de óbito, ainda que virtual. Se pende para o lado das eleições antecipadas, vai ter contra ele a maioria dos comentadores da treta, pagos indirectamente pelas rádios e TV e directamente pelos patrões e pelos bancos, mais estes todos,  e mais uma franja PSD e outra CDS. Se, como parece provável, optar pela continuidade desta gentalha que só nos desgoverna, ficará para todo o sempre preso a esta lamentável palhaçada que nos conduz ao mais negro abismo; será mais um ministro sem pasta, agora na missão de voluntariado, do putativo governo, chefiado na prática por Portas.
Apenas mais umas horas. Os parceiros sociais são os últimos a serem ouvidos. Será que o pensionista ainda se lembra como era a concertação social, quando estava no activo? Muito provavelmente, porque nunca se engana (enganava?) e raramente tinha dúvidas, estaria sempre tentado a dizer “deixem-nos trabalhar…”, um lamento suave de quem nunca tinha argumentos para coisa nenhuma.
Um País que sofre e luta está (de)pendente de um pensionista situacionista. Mesmo que a asserção seja pacífica, mesmo dando de barato que muitos o não são, é sempre uma tristeza profunda. Por havermos chegado a este ponto, por lhes ter sido possibilitado chegar onde chegaram, na mais incrível situação após o 25 de Abril. Triste, pobre e exaurido, o dito “povo português” paga agora o preço de ter votado em palhaços, bandalhos e corruptos. Se não fosse trágico, era caso para dizer “bem feito”. O pior é isto, ou vai mesmo continuar?

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