10 junho 2014


DESFALECER…
















Uma palavra esquisita. Deveria querer significar o contrário. Como desnaturado que, segundo o dicionário da língua portuguesa, significa “que se desnaturou, que não tem os sentimentos naturais”. Ou desfazer, que é naturalmente o contrário de fazer. O prefixo “des” refere separação ou acção contrária.
Acima de tudo, como diria o outro, “… é melhor que falecer”.
Este, ao que consta, desfaleceu hoje. Numa cerimónia pública em que mais uma vez, o governo foi mandado para a rua. O homem que, paulatinamente desfez o País, desde que esteve ao leme, durante 2 mandatos: indústrias, agricultura, pescas,... Gabando-se de ser o único a ter razão, nunca se enganava e raramente tinha dúvidas, “deixem-nos trabalhar…”. Trabalhou de facto para a destruição, para transformar o País num deserto de serviços, muitos inúteis, como agora se prova. Ajudado e amparado por uma maioria fictícia, que talvez hoje nele nem se reveja, é um homem acossado. Governou e governou-se, tentando ostentar uma máscara de seriedade, institucional ou não, acima de barões e baronetes. A quem recorreu, quando necessário e que o premiaram no caso que todos conhecem.

Uma tristeza. Um País que desfalece aos poucos, por causa dele e dos que hoje o suportam. Que continuaram a obra do chefe, e que agora suportamos.
Desfalecemos um pouco, todos os dias, martelados e subjugados, pela notícia sempre igual, pelo comentário comprado e bem pago, pela medida sempre mais austera, que é necessário, para bem da nação. Este e os outros todos que pululam alegremente sobre a nossa tristeza, com a linguagem maldita da ficção de um mundo só para alguns.

Desfaleceu? Se disséssemos que era bem feito, estaríamos porventura a incorrer em pecado mortal. Como, apesar de não perfilharmos as teses da maldição, somos pessoas de bem, desejamos que não desfaleça mais. Que faleça de vez no cargo que ocupa, politicamente falando, claro…

This page is powered by Blogger. Isn't yours?