23 junho 2015

VENDIDO!























VENDIDO!
Na fachada do Parlamento, o cartaz que parece absurdo, ganha forma e sentido na realidade. Uma actualidade gritante, escandalosa, dolorosa e vil. A Assembleia da República, ou melhor, o majestático edifício do largo de S. Bento, na sua imponência o símbolo da República, já conheceu, nestes dois séculos, conhecidas atribulações. Conta a história, que se trata de um palácio de estilo neoclássico, construído em finais do século XVI como Mosteiro de S. Bento da Saúde, para os monges beneditinos.
VENDIDO!
A uma qualquer remax, fruto dos tempos gloriosos da bolha imobiliária, a que só falta a foto de um chinês e o respectivo número de telemóvel de contacto.
VENDIDO!
Como tanta coisa neste País que, apesar das diatribes de indivíduos sem espinha e sem escrúpulos, é o nosso País, de que nos orgulhamos, o mesmo dos nossos filhos e dos nossos netos.
VENDIDO!
Desde a REN à PT, a CIMPOR, os Correios, às empresas de transportes públicos, tudo é vendido ao desbarato. Vem o chinês e diz “Portugal é o melhor país para comparar empresas”, pudera a oferta é boa e ao preço da uva mijona. Alguém regula isto? Mas seguramente que deve existir algum comité, pessoas que zelem pela Pátria dos Descobrimentos, a tal que deu mundos ao mundo e que agora “dá” empresas ao mundo, vá lá, tudo em saldo, segundas oportunidades, até 70%, entre e veja por si!
VENDIDO!
Triste Pátria que pariste filhos desta igualha, qual puta triste e abandonada às sortes.
VENDIDO!
já não temos a nossa companhia aérea, essa até deve ter ultrapassada a barreira dos 70% de saldo, levada por uma americano que afinal é brasileiro, à muleta de um português que é uma “barraca”. Triste.
VENDIDO!
A alma não se vende, pois não? De todo, diria o Pires de Lima, tudo tem um preço, nem que seja o de uma SuperBock!
VENDIDO!
O burocrata de serviço passará a factura, com número de contribuinte e passaporte para um cupão que dará acesso a um sorteio para um belo Audi, passe a publicidade.
Portugal é A loja dos 300 da Europa, VENDO!
Entretanto, posso dizer, com muito orgulho, como o homem que colocou a tarja,  “A MIM NINGUÉM ME VENDE”!



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