22 janeiro 2016
O QUE FAZ FALTA…
“O que faz falta é dar poder à malta…”
Zeca Afonso
Tanta
coisa que faz falta. Faz falta tanta coisa que não cabe em poucas palavras. No
último dia nunca poderíamos inventariar o que na realidade faz falta. Temos
agora alguma consciência do que faz falta, quando finalmente o País acorda de
uma longa noite de 4 anos. De trevas e de silêncio. Também de uma certa
impunidade que revolta.
“Quando nunca a noite foi dormida/O que faz
falta…”. Acordar, pelo menos e sacudir o medo. Erradicá-lo seria o termo
para definir melhor.
“Quando nunca a infância teve infância/O que
faz falta…”. Lembrar “os filhos dos homens que nunca foram
meninos” [1], triste sina de quem não se
pode dar ao luxo de ter infância, porque os pais estão desempregados e não há
dinheiro em casa.
“Quando um homem dorme na valeta/O que faz
falta…”. E cada vez eram mais e mais, nas valetas de um País perdido na
desgraça do “ajustamento”. Mais ou menos 2 milhões, é verdade.
“O que faz falta é avisar a malta/O que faz
falta é agitar a malta”. Agitamos durante 2 semanas a fio, de Norte a Sul
de um País agora mais avisado, um “tempo novo” que anuncia um futuro melhor.
“Quando dizem que isto é tudo treta/O que faz
falta…”. Pois não foi assim que começou esta campanha, que mais pareceu um
estender de passadeira vermelha ao candidato da Direita? Treta, está tudo
resolvido, ganha ele, mais que certo. E agora que a campanha chega ao fim,
afinal até as próprias sondagens reconhecem que nada está garantido…
“O que faz falta…”. Faz falta por exemplo, um
Presidente que corte com o terrível passado de 10 anos que envergonha o País.
Faz falta defender causas. E princípios, que unam os portugueses e que
signifiquem um compromisso para o futuro. Um Presidente CAPAZ, um Presidente
cidadão, próximo das pessoas e do País que quer representar. Um Presidente que
orgulhe o seu País. Um Presidente que seja a cara da mudança.
Esse
Presidente tem nome: ANTÓNIO SAMPAIO DA NÓVOA!
[1]
Dedicatória final da obra “Esteiros” (1941), de Soeiro
Pereira Gomes, Edições Avante!, Lisboa 2009