08 outubro 2017

Se fosse homem, fumava!

Dêem um passo em frente 
e ...calem-se!"
.Karl Krauss (*)









Acontece, de quando em vez. Uma expressão, uma ideia, uma palavra que seja, que podem mudar uma cena, ou pelo contrário, entrar nela.
(Ai, quem me dera ser...)
Se o ser for o que parece ser, mas contudo não o é, porque sim, então o que não é, pode vir a ser, porque não.
Se tantos “ses” se acumularem na consciência pode muito bem acontecer que o estado de alma se sobreponha ao conceito. E daí poderá advir uma passagem, mesmo que inconsciente, a uma outra dimensão, onde tudo o que queremos que aconteça, acontece mesmo, porque o imaginário tem mais força que o real.
(Agora que estou além...)
Se fosse homem, fumava. Pois sim, também eu fumo, independente do meu atributo, masculino, feminino, ou outro qualquer que se proporcione. E que ninguém se obrigue a declarar o género (por exemplo), nem que seja (aí está) para pegar um cigarro e dar umas passas.
(Passo bem sem isso)
Aqui (ou seja, no tal “além”) não existem aparentemente regras abstrusas que queiram (possam) ditar obrigações de espécie nenhuma.
Digamos que existem bichos domésticos elevados à categoria suprema de “adjuntos”, ou até de improváveis emplastros, que sempre se intrometem.
(Vivo bem sem eles)
A Revolução está outra vez (outra vez?) na ordem do dia. Se fosse mulher, fumava, pois claro!
(Para não dizer que não falei de política...)

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(*) Poeta, dramaturgo, e jornalista satírico austríaco (1874-1936)




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