02 dezembro 2019

NÃO, “NÃO VAMOS BRINCAR À CARIDADEZINHA” (1) !!!




A jonet galopa mais uma campanha, com o patrocínio do Pingo Doce e do Continente
A jonet vive da cretinice e da parolice alheia, qual figura do Movimento Nacional Feminino e leva atrás dela não sei quantos mil voluntários, para mitigar os pobrezinhos, que não podem nem devem comer sempre bife, palavras dela, na altura em o nosso País foi sequestrado e invadido pela agressão estrangeira da troika e do passos coelho.
A jonet quer transportar-nos para a caridadezinha, qual “senhora de não sei quem/ que é de todos e de mais alguém/ passa a tarde descansada/ mastigando a torrada/ com muita pena do pobre/ coitada...”  (1), assim cantava o Zé Barata, há tanto tempo, lembrando o tempo nefasto do fascismo, em que o pobre era objecto da “pena” e da caridade alheia.
Passaram já tantos anos e a desgraçada da mulher, com o apoio do capital e do mestre sousa, lá anda a falar para as rádios e para a TV, engando o incauto, que pensa que uma sacola de arroz e um pão resolvem os problemas do capitalismo selvagem, responsável por quase 20% dos cidadãos portugueses viverem abaixo do limiar da pobreza.
A jonet é (mais um) rosto da hipocrisia humana, da estupidez e de alguma ignorância, da qual se alimentam as grandes cadeias de distribuição, enriquecendo de dia para dia, mais e mais e explorando os trabalhadores. 
A jonet é um bicho daninho, asqueroso e malformado, um aborto da sociedade idiota em que vivemos.
Pagar para a jonet é contribuir para que a miséria se perpetue.
Acreditar na jonet é acreditar no pai natal da burguesia e nas falas mansas dos patrões.
Acabemos de vez com essa miserável figura, qual supico pinto(2) dos tempos que se dizem modernos, mas em que a modernidade não passa da beatificação da mais pérfida imagem de um passado que muitos gostariam de recrear.
Quem apoia de alguma forma a jonet está a afundar-se na lama podre do fascismo e dos seus apoiantes.
Saberemos esta execrável “fada do lar”,  algum dia terá “...ao peito uma comenda”, porque “...neste mundo de instituição/ cataloga-se até o coração/ paga botas e merenda/ rouba muito mas dá prenda...” (1)
Vamos tirar o tapete à jonet, o seu verdadeiro lugar é o caixote do lixo que cheira mal e é impossível de reciclar.
ABAIXO A JONET!

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(1) extractos do tema “Vamos Brincar à Caridadezinha”, inserto num LP do ano 1977, autor José Barata Moura
(2) referência à “Cilinha” (Cecília Supico Pinto) figura grada do fascismo, líder do Movimento Nacional Feminino, entre 1961 e 1974, que serviu a propaganda da política colonial do regime e responsável, reprodutora e garante da continuidade cultural beata, o principal sustentáculo ideológico do regime deposto no 25 de Abril de 1974.



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