21 abril 2020

NÃO HÁ DIREITO!




















Sempre com a realização deste senhor Acácio, a estação de rádio TSF, organiza todos os dias, o chamado fórum TSF.

Os temas variam, são sempre escolhidos pelo senhor Acácio, que é mestre na divulgação do populismo mais rasteiro. Normalmente conta também com outro populista chamado Baldaia (que já foi director da estação).

Raros são os programas que têm algum interesse. 
Mas normalmente (quer dizer, sempre) a voz aos ouvintes só é dada, depois de o senhor Acácio conceder um tempo de antena a um “comentador”, durante (mais ou menos) 20 a 30 minutos, para emoldurar melhor a discussão, que é uma forma elegante de dizer, para a condicionar fortemente ou mesmo, em algumas situações, para fazer pequenas lavagens a cérebros que habitualmente gostam dessa “prática” .
Ontem foi assim, hoje assim é.


E hoje reza assim: “As duas polémicas sobre os aumentos na Função Pública: a crise provocada pela Covid-19 devia ter travado os aumentos, como diz Rui Rio? É aceitável que o Ministério da Saúde se tenha atrasado, e que médicos e enfermeiros não recebam já o aumento da Função Pública?

Reparem na subtiliza da pergunta. Normalmente é assim e, nalgumas intervenções que fiz procurei chamar a atenção. Debalde, claro.


De qualquer forma, repito: NÃO HÁ DIREITO

No centro disto, está naturalmente Rui Rio (RR).

Provavelmente o mais populista de todos os populistas, adquire agora, por direito próprio a função de “POPULISTA INSTITUCIONAL”.
Não é um populista qualquer, apoia o Governo, o Presidente, as medidas, o estado de emergência, envia cartas aos militantes a dizer que não se deve guerrear o Governo, quer toda a gente "unida" e outras coisas assim.
Quer, acima de tudo, protagonismo, porque nada tem para dizer de substantivo.
Mas é que, mesmo nada.
Porém, a Direita é assim, está a chegar o 25 de Abril e precisam de manifestar a sua “autonomia” à data da Libertação, uma forma elegante de dizer, “mostrar as garras”...


E, volto a repetir (nunca é demais), NÃO HÁ DIREITO!

RR diz então que os aumentos na função pública este ano "não podiam acontecer".

Os miseráveis aumentos de 0,3%, que mesmo assim custaram a conseguir, foram aprovados e agora, depois disso, RR vem dizer que não senhor.
Note bem:
1. Desde 2009 que não havia aumentos generalizados na função pública. 
2. Em 2019 apenas a remuneração mínima de base foi atualizada para os 635 euros.
3. São aumentos de 0,3% para a generalidade dos trabalhadores e de 10 euros para as remunerações inferiores a 700 euros, com retroactivos a janeiro.

E é esta miséria de aumento que assim mesmo RR vem contestar. 
Ou melhor, dizer mesmo que não, nem tinha que acontecer.
Acresce ainda que, para cúmulo dos cúmulos, o aumento para os trabalhadores da saúde (médicos, enfermeiros, técnicos,...) não virá processado a tempo, em mais uma trapalhada do Ministério da Saúde.

E agora, como tinha que ser, perante a crise económica causada pela pandemia de covid-19, o executivo não se compromete com aumentos na função pública no próximo ano.
Claro, alguém tem que pagar as crises, não é senhor Costa?
Mas isso não é austeridade, não senhor, lá mais para a gente será inventado um novo termo para a mesma.

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