17 setembro 2020

 A NOSSA UTOPIA


 













Hoje é dia de falar na Escola, enquanto lugar de Educação, de Ciência e de Cultura. 

Enquanto Formação.

Enquanto Cidadania.

Porque hoje, há escola de novo.

Porque hoje, impõe-se, Liberdade e Criatividade.

Porque hoje e sempre, nos devemos libertar das amarras que nos tolhem a consciência.

Mas há quem não pense assim.

E há quem pense que é bom viver tutelado e amarfanhado.

Porque há quem aceite a liberdade condicionada.

Hoje alguém disse que para “sermos cidadãos, precisamos de uma cidade[1]. Da Cidade “sem muros nem ameias[2], porque “...não há céu de palavras que a cidade não cubra[3]

Para quem duvide, que atende na forma velada e insidiosa como é fabricada e difundida a informação que nos rodeia, toda ela eivada de preconceito e por vezes de perfídia.

Se é na Escola que formamos o cidadão, é na Cidade que ele vive que ele trabalha e luta é na cidade que ele usufrui dos bens e serviços que são de todos, mas a que nem todos têm direito.

É na cidade que tomamos consciência, mas é nela também que sentimos a manipulação das consciências. Porque há, na Cidade, uma verdade formatada, a que é difícil reagir, sem se ser considerado um marginal.  

Aquilo que nos defende das prepotências, é, sem sombra de dúvida, a Utopia "...toma o fruto da terra//é teu, a ti o deves//lança o teu desafio"[4].

E é nos ensinamentos da Escola que aprendemos a pensar, assim deve ser sempre, acima de tudo.

É na vida da Cidade que aprendemos a conviver, a “tropeçar” no outro, mas onde também aprendemos que “um homem roubado por um adversário pode levantar-se outra vez”, mas também que “um homem derrubado pela conformidade fica para sempre no chão[5].

Ao lembramos a Escola, evocamos a Cidade.

A nossa Cidade. O lugar onde vivemos, lutamos e sofremos.

Defendemos a cidade soberana, sem muros e aberta ao Conhecimento.

E aberta a quem vier por bem.



[1] Palavras de Daniel Oliveira, no Facebook 

[2] “Utopia”, Zeca Afonso, 1983

[3] “A Cidade”, Zeca Afonso, 1969

[4] Idem, ibidem nota 2

[5] Citações de Thomas More, na “Utopia”, 1516


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