17 outubro 2021

 DIA INTERNACIONAL PARA A ERRADICAÇÃO DA POBREZA

https://unric.org/pt/dia-internacional-para-a-erradicacao-da-pobreza/?fbclid=IwAR1_xDn-Jcz67-2HM0cDqDn2Z9-gKb3nsZg9R_fdedSQ9ItetaStba0UOlY

 

Na declaração, pode ler-se:

"Neste Dia Internacional, comprometemo-nos a alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável #1 e uma globalização justa que funcione para todas as crianças, famílias e comunidades."

 

Claro que, já se sabe, a globalização não é, nem pode ser nunca, "justa", uma vez que se baseia em princípios e conceitos económicos (e não só) errados e completamente contrários ao real desenvolvimento dos povos, particularmente dos mais vulneráveis.

 

Há uns anos atrás, no longínquo 2007, três investigadores das Nações Unidas [Hamish Jenkins,  Eddy Lee e Gerry Rodgers], publicaram um estudo independente ["O combate por uma globalização justa nos últimos três anos", disponível em: https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---europe/---ro-geneva/---ilo-lisbon/documents/publication/wcms_722490.pdf]

, em que salientam precisamente algumas das injustiças da globalização, advertindo aliás para “...os efeitos da desigualdade, da insegurança e da incapacidade de fornecer o suficiente às pessoas no seu dia-a-dia”. 

 

Nesse estudo chamaram também à atenção para as formas correntes de globalização, que, no seu entender, “.. tinham exacerbado problemas existentes de desigualdade nas e entre as nações, desenraizado as comunidades e as economias locais, minando os modos de vida indígena e gerando uma sensação generalizada de insegurança e de fragmentação social.”

E aconselhavam desta forma: “a globalização justa começa em casa, com acções nacionais e regionais mais eficazes; que as regras da economia global precisam de ser modificadas; que o trabalho digno deve tornar-se num objectivo global; e que as instituições internacionais, que podem fazer avançar esta agenda, deveriam prestar mais contas às pessoas.

 

Seria expectável que, neste dia (e nos outros dias do ano...) as organizações e agências internacionais, a começar pelas NU, prestassem mais atenção às pessoas e tornassem as suas declarações de circunstância (como a que aqui se ilustra) em acções concretas.

Só que isso é o mais difícil...


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