27 janeiro 2023

OH, VALHA-ME DEUS

A "ideia peregrina", assim classificada pelo general Pinto Ramalho, de enviar tanques de guerra para a Ucrânia, é mais um delírio da paranóia armamentista neoliberal.
Nesta campanha está empenhado um Ministro da República que representa, em Portugal, o triste papel de delegado da NATO e dos EUA, um disparate que nunca se havia visto até agora. Sempre que abre a boca, o senhor Cravinho despeja a conhecida narrativa bélica e alinhada fielmente com o Secretário-Geral da NATO e administração americana. Chega a ser penoso ver um alto responsável vomitar a conhecida propaganda, para além da habitual dose de russofobia militante. Dizer que o apoio do nosso País vai ser "generoso", é, para além de ridículo, profundamente indecente.

Os tanques de que se fala, segundo fonte "autorizada" de um conhecido órgão de comunicação social, estarão na sua maioria "fora de serviço". Foram comprados em saldo à Holanda, um país que hoje está tão em baixo, que até mudou de nome. Parece que a garantia de 2 anos, mesmo tratando-se de segunda mão, não funciona, o que nos devia deixar altamente preocupados, afinal os russos podem vir por aí abaixo e defendemo-nos como? Os tanques antigos de lavar roupa não devem ter grande serventia, a não ser para serem lançados na cabeça de algum de algum general russo que se aventure na conquista do Algarve.
A provável gravidade do tema em apreço deveria preocupar os responsáveis, mesmo aqueles que se sentem protegidos debaixo dos altares, ou lá o que seja, que o Estado decidiu oferecer a uma conhecida agremiação religiosa. Correndo o risco de incorrer em pecado, sempre digo que os 4 ou 5 milhões deveriam dar para comprar peças, munições e reparar os tanques, para os oferecer ao desgraçadinho que manda na Ucrânia e que passa todo o "santo" dia a pedir mais armamento.

Que um deus qualquer, se possível, lhes perdoe, que eu não.

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