04 março 2024

  

DIA 4 DE MARÇO 2024: “L'INTERNATIONALE



Nada melhor para começar a última semana antes do 10 de Março.


Esta versão da INTERNACIONAL (*), não propriamente identificada, é absolutamente fantástica e demolidora. O Hino dos Trabalhadores de todo o Mundo data de 1888, tem letra de Eugène Pottier (operário e poeta francês), e música de Pierre De Geyter(operário belga), ambos anarquistas militantes. A partir de 1896, a Internacional passa a ser o hino do Partido Operário Francês, o primeiro partido marxista em França e espalha-lhe por toda a Europa, através dos delegados estrangeiros presentes, no Congresso do Partido. Aquando da Revolução Socialista de 1917, a Internacional torna-se o Hino do PCUS (Partido Comunista da União Soviética), primeiro hino do Estado Soviético (até  Estaline o abolir em 1941) e, naturalmente, o hino do socialismo internacional revolucionário: “C'est la lutte finale/Groupons-nous et demain/L'Internationale/Sera le genre humain...”. Em língua portuguesa, adaptada desta forma: “Bem unidos façamos/Nesta luta final/De uma terra sem amos/A Internacional”.


O insuspeito empresário norte-americano Henry Ford disse um dia, “Se as pessoas compreendessem o nosso sistema monetário e bancário, teríamos uma revolução amanhã de manhã.” Ora nem mais. O que parece é que “as pessoas” ainda não entenderam bem como a coisa funciona. Uma das razões que possivelmente contribui para tal é a forma como as organizações e partidos políticos que defendem os trabalhadores são tratadas pela comunicação social. Do muito que escrevemos (e que se escreveu) sobre a matéria, vale a pena salientar o excelente artigo que a Ana Drago publicou a 1 de Março no DN, a que chamou “Pode escolher a cor desde que seja laranja”. Na verdade, é curioso, diz Ana, que num país em que a esquerda tem sido maioritária desde 2015, é bizarro que as televisões privadas tenham hoje um profundo enviesamento à direita, quer no alinhamento e escolha dos temas, quer na maioria do comentário em emissão. E, no contexto pré-eleitoral, escreve a Ana, “...somaram-se painéis de análise política que tendem a ser compostos por comentadores, jornalistas e editores maioritariamente alinhados à direita, e onde figura depois um solitário jornalista/comentador mais ou menos à esquerda, que assegura o “pluralismo”. Na SIC, continuamos a ter preleções semanais e sem contraditório de um advogado com um passado na extrema-direita nacionalista e salazarista (José Miguel Júdice) e de um ex-líder do PSD (Marques Mendes). Na TVI é um ex-líder do CDS (Paulo Portas).”

 

E sobre as sondagens? Já escrevemos que valem o que valem, ponto. Mas não deixa de ser curioso que a última sondagem da Aximage, que dá o PS como vencedor com  33,1% (mais 3,5% que a AD), seja apresentada, em primeiro lugar como “empate técnico” e que seja valorizada a “subida da AD”. Na verdade e a dar como válido que ninguém se quer coligar ou fazer acordos com o partido fascista, as contas são estas: a Esquerda (PS+BE+CDU+Livre) soma 44,7% e a Direita (AD+IL+PAN) soma 35,5%. 

 

A música de hoje é muito mais que isso. Após tantos anos, mantém-se como o símbolo da LUTA CONTRA A EXPLORAÇÃO CAPITALISTA e a EMANCIPAÇÃO DOS TRABALHADORES DE TODO O MUNDO, uma LUTA INTERNACIONALISTA!

É bom não esquecer...

 

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(*)https://www.youtube.com/watch?v=mhZ8rPHezas&feature=share&fbclid=IwAR1m5s_9R7UQl9VkyY7dHM7fOxMpDkIyMOYIyEST7_bz83ZrsatvEyngKUE


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