09 outubro 2024

A MELHOR DAS OPORTUNIDADES

 

A traição é uma constante, quando se insiste numa “verdade” discutível e perversa e se dispensa o essencial, que consiste em estar atento e defender quem deve ser defendido, quem produz riqueza e é sistematicamente explorado. 

Bater no Partido Socialista (PS) é um verdadeiro exercício democrático. É “obrigatório” chamar este partido à razão, porque sistematicamente navega nas águas turvas da mais alarve “moderação”. Não significa desrespeito pelo Partido. Antes pelo contrário, tem todo o sentido: obrigar o Partido a não perder oportunidades. 

Uma oportunidade como esta não pode, nem deve ser desperdiçada. Num cenário do mais absoluto desprezo pelo cidadão e pelo Estado Social, o Partido que se diz “socialista” só tem uma hipótese de votar, que não o descredibilize por completo: CONTRA.

Não é, pois, admissível que este Partido ainda  esteja a pensar em subterfúgios, equacionando uma putativa abstenção, dando assim mais uma oportunidade de sobrevivência ao triste e sórdido governo da Direita, que não tem o direito de continuar a destruir o País, como muitos outros o tentaram fazer antes. Este governo só tem um caminho possível e nem vale a pena especificar qual. Um governo que admite nunos melos e outras aberrações sociais, está à partida ferido de morte e não tem salvação possível. 

Quem ainda tem alguma salvação é o PS. Votando CONTRA estará a tomar uma posição de classe. Se é (ou não) capaz de o fazer é questão cuja resposta é afinal tão simples quanto isto: recusar a chantagem da Direita e afirmar-se como alternativa. Outra questão será saber se este PS é alternativa. Afinal, nunca o será se alinhar com o situacionismo.

A situação, assim colocada, parece simples. Não ceder, não alimentar ilusões, não pactuar. Mesmo que possam parecer muitos “nãos” ao mesmo tempo. Porque ainda há mais. O malévolo conceito de “sentido de estado” não passa de uma tradução rasteira de “colocar o Estado em sentido”. A Direita obviamente gosta disto. Se o PS também gosta, não vale a pena dizer que é de Esquerda, quando não passa de um apêndice da Direita.

Mas que grande oportunidade de contrariar a “lógica” dos últimos tempos. Será possivelmente a última que o PS tem. Abster-se, significa sofrer de impotência, a doença maior da política, o cancro da chamada “democracia”.

Apenas para dizer que não falei de oportunidades...


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