10 outubro 2009

CASUS
Parte 2. RR



Fonte: http://images.google.pt/images?hl=ptPT&source=hp&q=rui+rio+em+imagem

Ainda bem que os GATO resolveram trazer a cena este cidadão, presidente da Câmara do Porto e candidato a um putativo 2º mandato. E digo ainda bem, porque nos foi dada a possibilidade dever e ouvir um personagem simplório, uma personalidade perturbada, um espécime do mais rasteiro que se possa imaginar. Já sabíamos que era mau, nunca pensaríamos porém que fosse ainda pior que isso. Durante a entrevista foi possível avaliar o mais profundo desprezo pela Cultura, pelas pessoas, pela sociedade civil. Um intérprete zombeteiro, um tipo viscoso, tentando fazer humor de baixo nível, deixando passar a imagem de um ser mal-formado, mal-educado, um poço de lugares comuns, um vazio completo de ideias. Gozando, tentando gozar com pessoas como o Pedro Abrunhosa, uma figura que de facto está a um nível que o candidato nunca poderá chegar; aliás seria difícil descer tão baixo, como o fez essa figura pequena, um cromo autêntico, uma farsa inqualificável.

Embora não votando na cidade do Porto, não posso esquecer os laços incontornáveis que à cidade me ligaram em tempos e que ainda estão vivos. E, por falar em vivos, o Pedro talvez lhe tenha dado uma resposta (embora ele nem resposta mereça…) quando afirmou, durante um espectáculo de apoio à candidata do Partido Socialista, “… o Porto perdeu a alma, o Porto perdeu a voz, mas está vivo”. E tudo isto acontece porque a Esquerda ao que consta (o que parece, é?), não foi capaz de se entender para tirar de lá o rio, mandando-o para o Douro com a tralha toda, mesmo sabendo que o ia encher de entulho…
Há pessoas que, nem no caixote do lixo da história, terão lugar. Passam pelos cargos públicos e nem uma marca deixam ficar, porque o seu nível é tão baixo e desajeitado, que qualquer qualificativo por menos exigente que seja, nem sequer dá para aplicar. E a Direita toda, a aristocracia falhada, conservadora e mais ou menos encostada ao poder, rejubila com os 20% que a personagem RR leva de vantagem, a poucos dias do Voto. Confesso que não entendo como foi possível a este ponto chegar. O “povão” vai eleger um indivíduo cuja bandeira de campanha é “deitar abaixo”” um bairro inteiro, porque pelos vistos há por lá problemas de droga? Só falta dizer que vai usar napalm…

“Com os dois pés no Porto” (???). mas isto é alguma coisa; só mesmo se for para dar pontapés, na cultura, nas pessoas, em tudo se calhar…Nem sequer se pode dizer, que deus lhe perdoe, dado que nem acredito nesse tipo de coisa. Fica um amargo de boca. E, dado que mais não me resta, deixem soltar uma certa fúria (uma fúria certa?) para quem para tal, directa ou indirectamente, contribuiu… Disse.

08 Outubro 2009
Alf.


04 outubro 2009



CASUS
Parte 1. ACS



Fonte: http://sol.sapo.pt/photos/kaos/picture64524.aspx

Poderia dar-se o caso de eventualmente o título sugerir um qualquer caso de estrangeirismo muito em voga. Ou pura e simplesmente um ortográfico erro, perfeitamente normal, por gafe, ou até por distracção do corrector que, quando se escreve em maiúsculas, deixa passar, enfim. Mas não, aqui a putativa confusão com o homónimo, está fora de causa. Pois bem, CASUS é mais C.A.S.U.S. , Cidadãos Abaixo de Suspeita, ou seja, uma sigla que estou certo fará fúria a muito boa gente, que simplesmente as detesta. Aqui nos propomos, analisar algumas personalidades que, por suspeitas ou até insuspeitas razões, fazem alguma tinta correr. Muito embora, na maior parte das vezes, seja uma pura perda de tempo. E o porquê da outra sigla que constitui a baptizada parte um, salta à vista, mesmo dos mais desatentos.
É mesmo: Aníbal Cavaco Silva. Devo confessar que não me revejo neste PR. Na última campanha para as presidenciais, a minha primeira intenção foi a jogar tudo para que este cidadão não fosse eleito. Mas foi. Espero desde já que seja o seu primeiro e último mandato. Uma presidência que acaba por marcar a campanha eleitoral para as legislativas, com um caso estranhíssimo. Ao receio de ser “escutado” pelo Governo, uma palhaçada autêntica, misturada com mails, “encontros discretos na Avenida de Roma” e o despudor dessa espécie que dá pelo nome de José Manuel Fernandes, junta-se a patética declaração pós-eleitoral, que nada esclarece, que lança ainda mais confusão. E sobretudo, mostra a verdadeira face do cidadão ACS que, decididamente perdeu a compostura, deixando cair a máscara de presidente preocupado com causas sociais (alguém acreditou naquilo???), volta a ser, ou a vestir a pele (como disseram grande parte dos comentaristas) de primeiro-ministro dos anos 90. O mesmo tom de voz autoritário, a mesma face carregada e sombria, a imagem do homem cinzento, a que só faltam uns óculos escuros (…). O mesmo discurso retorcido, o mesmo azedume, os mesmos (ou melhor, outros…) tabus, a imagem de marca de um passado recente que, apesar de muitos terem já esquecido, eu não esqueço, eu não tolero, eu não perdoo (se o termo aqui se pode aplicar…). A 21 de Outubro de 2005 escrevi um longo texto, quando este cidadão se apresentou como candidato à Presidência. Quero aqui recordar uma pequena passagem, a propósito do comentário que Jerónimo de Sousa fez ao tempo: “… é preciso ter memória, é preciso não esquecer que, se estamos como estamos, bem podemos agradecer ao homem que ontem se apresentou.” O título do artigo era, pura e simplesmente “Este homem não!”. Ficou e venceu. Cabe a todos os que ainda têm memória, tirá-lo agora de lá.


Este é um apelo, mais um, a toda a esquerda, a todos os verdadeiros republicanos. No dia da implantação da República em Portugal. Se calhar, esta é mais uma daquelas que muitos comentadores, políticos e politólogos chamam “prioridade nacional”. Disse.


05 Outubro 2009
Alf.


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