25 julho 2004

Ou se ganha, ou se perde... (para que, ao menos, não percamos tudo!)- (desta vez, com o texto completo!)

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Foi este Presidente que elegemos? Para isto, tal como há dias muito bem dizia Miguel Sousa Tavares, não vale mais a pena votar num Presidente da República. Desta vez, como se calhar em mais nenhum momento depois do 25 de Abril, um Presidente é prisioneiro completo e total da política aventureirista de um Governo fantoche, que irá "governar" o País durante 2 anos e que vai destruir o pouco que resta daquilo que já se construiu; na realidade esta "governação", "espalhada" agora pelo País, irá construir um cenário fictício de modernidade e de eficiência; aliás basta ver a grande maioria (na realidade quase todos...) dos comentadores políticos, sempre muito moderados nas suas análses, muito bem comportados, muito politicamente correctos, a malhar neles forte e feio!

Para onde vamos, ninguém sabe muito bem. Como diria o grande José Régio, "só sei que não vou por aí...".

Mas não basta não ter certezas; é absutamente necessário apelar á indignação geral e massiva contra estes fantoches que, tal como o outro nos EUA nem sequer foram eleitos para isto e a quem alguém, certamente com alguma falta já de capacidades, doou o Poder. Eles não nos representam, eles representam para nós e nós não gostamos deles como actores, nem aprovamos o guião que representam. Eles terão forçosamente que cair, mais tarde ou mais cedo, para que este País não se torne numa coutada dos seus interesses mais mesquinhos!

Vamos trabalhar para que eles caiam depressa; que acham???

Ou se ganha, ou se perde... (para que, ao menos, não percamos tudo!)

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Foi este Presidente que elegemos? Para isto, tal como há dias muito bem dizia Miguel Sousa Tavares, não vale mais a pena votar num Presidente da República. Desta vez, como se calhar em mais nenhum momento depois do 25 de Abril, um Presidente é prisioneiro completo e total da política aventureirista de um Governo fantoche, que irá "governar" o País durante 2 anos e que vai destruir o pouco que resta daquilo que já se construiu; na realidade esta "governação", "espalhada" agora pelo País, irá construir um cenário fictício de modernidade e de eficiência; aliás basta ver a grande maioria (na realidade quase todos...) dos comentadores políticos, sempre muito moderados nas suas análses, muito bem comportados, muito politicamente correctos, a malhar neles forte e feio!

Para onde vamos, ninguém sabe muito bem. Como diria o grande José Régio, "só sei que não vou por aí...".

Mas não basta não ter certezas; é absutamente necessário apelar á indignação geral e massiva contra estes fantoches que, tal como o outro nos EUA nem sequer foram eleitos para isto e a quem alguém, certamente com alguma falta já de capacidades, doou o Poder. Eles não nos representam, eles representam para nós e nós não gostamos deles como actores, nem aprovamos o guião que representam. Eles terão forçosamente que cair, mais tarde ou mais cedo, para que este País não se torne numa coutada dos seus interesses mais mesquinhos!

Vamos trabalhar para que eles caiam depressa; que acham???







>PAREDES PARA SEMPRE...UM MOVIMENTO PERPÉTUO

Perdidos na tortuosa fúria dos dias, nem damos pelo que acontece à nossa volta, num ápice as pessoas desaparecem e recordamos delas a saudade imensa, numa tristeza desmedida. Carlos Paredes era (é) a imagem nobre da cultura portuguesa, a sua guitarra, a nossa guitarra portuguesa que o Carlos elevou à dignidade que merecia, ela que deixou a choradeira dum passado de medo e de vergonha e que levou o nome de Portugal a vários cantos do Mundo. Um homem de uma simplicidade notável, longe do estrelato, mas perto das pessoas de que ele gostava, de um povo que lutou (e luta ainda) pela sua emancipação. Paredes, cuja genialidade ultrapassa os “Verde Anos”, ao sentir da alma portuguesa e à sua implicação com as transformações sociais.

Morreu a saudade da nossa vida!

Tantas perdas que sofremos neste tempo! Sofia, Pintassilgo, Regiani e agora Paredes, pessoas que marcaram o nosso tempo de forma definitiva. Num mundo cada vez mais desumanizado, pautado pela intolerância, pelo arrivismo, por uma tremenda falta de qualidade, é triste ver partir aqueles que foram referências incontornáveis.

“Uma história triste e injusta para quem descobriu o lado luminoso da guitarra portuguesa”, assim classificava João Miguel Tavares a circunstância de há já 5 anos Carlos Paredes ter sido impedido por doença de tocar a sua guitarra.

Para sempre Carlos Paredes, a tua guitarra não vai parar nunca de tocar, por um Mundo melhor, um autêntico “Movimento Perpétuo”!


11 julho 2004

>Injustiças relativas….

Sim, porque as injustiças são sempre relativas e é sempre muito difícil classificar estas coisas…

1. Injustiça nº1
Então que fomos quase campeões e ninguém se lembrou de promover o treinador a figura nacional; ou será que o foi e eu não dei conta? De qualquer forma, é de salientar que o Presidente (o da Federação, claro…) lhe renovou o contrato; quanto é que ele ganhava durante estes dois últimos anos? 50.000 contos, não era? Nada de especial, a quem consegui colocar uma bandeira em cada lar português, ele que nem sequer o é, apesar de falar a língua pátria… Somos um país rico, o melhor da EU, pelo menos o que deve ter mais estádios novos por m2, o que organizou o melhor campeonato do século (claro que neste século, este foi o único…) e que consegui a proeza admirável de esquecer durante mês e meio (mais ou menos, claro…) a famosa crise e apesar disso, sem que ninguém tivesse dado conta, veio a "retoma" (por falar nisso, onde é que ela está?), temos 1 presidente português da EU, temos 1 novo 1º ministro que planta palmeiras em qualquer sítio, faz buracos monstruosos também em qualquer praça do país, aparece muitas vezes nas revistas, e é fervoroso adepto do futebol, aliás com um notável currículo de comentador desportivo, presidente do Sporting (um clube fino), etc…. Não sei o porquê de tanta polémica acerca do sujeito, e se calhar foi por isso (aquilo) mesmo que o Presidente (não, não é o da Federação, é mesmo o da Republica, agora) lhe deu a "pasta do Poder", aliás com grande sentido de justiça, porque senão ia gastar-se imenso dinheiro em mais eleições e a gente tem mais que fazer, aliás está quase a começar a nova época, a Liga dos campeões e isso tudo… Claro que aquilo da Grécia, estragou um bocado a coisa, mas que diabo, fomos quase; menos ais, menos ais, queremos muito mais (futebol, claro..). Por falar nisso, já repararam que o nosso Presidente (o da República, claro…) também é do Sporting?

2. Injustiça nº 2
Não reconhecermos as vantagens da qualificação e da formação a que os nossos governantes têm sistematicamente prestado atenção. Claro que há estudos muito sérios que provam que a utilização dos fundos comunitários para a formação profissional por parte do governo cessante, com base em dados do Eurostat e que mostra que o nosso País é, após o alargamento da UE a 25 países, o ultimo em qualificações. É o Eugénio Rosa, do Instituto Bento de Jesus Caraça que o diz. E diz mais, citando o referido estudo, 79,4% da população activa portuguesa fica-se pela escolaridade básica ou menos, 11,3% por cento pelo ensino secundário, e apenas (imaginem…) 9,3% pelo ensino superior. A percentagem média de activos com formação superior nos 15 anteriores países da UE é de 21,8% e, nos 10 recentes países de 14,5%. Os 10 novos países superam aliás os 15 mais desenvolvidos em formação, ao nível do ensino secundário; reparem: 66,2% dos trabalhadores do Leste têm estudos de nível secundário, enquanto Portugal fica nos 11,3% e a média dos 15 fica nos 42%. Claro está que quem nos lembra estas coisas, como por exemplo o Santana Castilho no Publico de Sábado passado (e eu naturalmente), estão é manifestamente interessados em lançar a confusão e baralhar as pessoas. E esquecendo que fomos quase, quase, e que temos auto-estradas e betão (armado?) por todo o lado. Menos ais, menos ais, ….

3. Injustiça nº3
Esta é mesmo a sério. A perda de 2 grandes mulheres da cultura portuguesa, a Sofia e a Maria de Lurdes, é realmente uma grande injustiça. Vamos perdendo os melhores, neste caso, as melhores. E reparem, fez-se uma homenagem de Estado a um tipo que enriqueceu durante a outra senhora, fugiu para o Brasil após o 25 de Abril, voltou depois de o Estado lhe ter dado uma indemnização choruda que o próprio considerou abastada e à Maria de Lurdes que foi 1ª ministra, representante de Portugal na UNESCO e muitas outras coisas de uma vida dedicada ao País, nem nada, a não ser umas quantas declarações de circunstância, as do costume…

Isto tudo não deixa de ser curioso, numa altura em parece que está tudo ao contrário… Ficamos contentes com o fausto, com o aparente, com a ilusão e, com aqueles que cuidadosamente, dia a dia, vão trabalhando (não na sombra, às claras…) a euforia colectiva, a festa de circunstância, a notícia do tablóide, a contratação do dia, o "fofoquice" da semana, o comentário mais picante e mais uma data de coisas que eu não sei, nem estou interessado em saber.

Queremos mais, queremos mais, queremos muito mais!...

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