29 março 2005

MARKETING SANTO

As recentes notícias sobre o estado de saúde de Karol Woitila são um verdadeiro golpe publicitário barato. Como se pode admitir que se faça da vida de um homem doente e, quem sabe em estado terminal, um festival de "fala-não-fala, aparece-não-aparece, dá-não-dá a bênção e outros que tais? A hierarquia da igreja católica é um constante exemplo de práticas persecutórias de mau gosto, instigadas por uns tantos fundamentalistas espalhados um pouco por todo o lado e interessados em manter um status dificilmente justificável. Acho graça em ouvir as opiniões dos chamados católicos não-praticantes, uma espécie que abunda por aí e que não é senão coisa nenhuma, mas que alimenta as estatísticas da uma igreja perfeitamente decrépita e sem credibilidade. O homem devia merecer mais respeito por parte daqueles que (supostamente) o veneram (seja lá o que isso possa significar). A pompa e circunstância do Estado mais rico do mundo já não consegue disfarçar a podridão imensa que atola os seus mais altos signatários. O poderoso Estado do Vaticano, sempre com as mãos sujas de influências, alimentando e alimentado pelos opus-deis de toda a parte, já não tem lições (será que alguma vez teve?) para dar a ninguém, tirando os seus mais dilectos parceiros…

Os analistas de assuntos da igreja, feitos abutres, alimentam diariamente nas rádios e na restante comunicação social um autentico totoloto da fé, uma lotaria de duvidosa religiosidade, sem qualquer respeito pela vida de uma pessoa, que admito se esforçou por ser protagonista activo na ultima década.

Nem tudo devia valer nestas alturas. Alguém acredita (questão de fé) que Karol Woitila esteja ainda na posse das suas faculdades mentais (para não dizer simplesmente físicas)? Francamente, não havia necessidade… Já não há respeito por nada, nem sequer pelo recato de quem sofre…

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